atlas del agronecio transgenico en el cono surEm 18 de maio, foi publicado o livro Atlas de Agronegocios Transgénicos en el Cono Sur no site Biodiversity in Latin America and the Caribbean. Monoculturas, resistências e propostas dos povos, que visa analisar os impactos do modelo transgénico instalado na região sul do continente na segunda metade dos anos 90.

Editado pela organização argentina Acción por la Biodiversidad e sistematizado pelo jornalista Darío Aranda, o objetivo do Atlas é ser uma ferramenta disponível para aqueles que resistem nos territórios, realizando lutas em defesa da vida e pela Soberania Alimentar. Por este motivo, a publicação é gratuita e pode ser download.

Ao longo dos 22 capítulos que compõem o livro, são abordados temas como a introdução do modelo transgênico na Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia, o uso crescente de agroquímicos ligados a essas sementes, a ciência a serviço desse modelo, a concentração da terra e a criminalização dos camponeses, as tentativas de modificar as leis de sementes para estabelecer um sistema de patentes, a destruição de ecossistemas e economias regionais, o controle oligopolístico do mercado por um punhado de corporações, o impacto do agronegócio no corpo das mulheres e a Agroecologia como alternativa a este modelo predatório.

Como afirma no prólogo Damián Verzeñassi, Diretor do Instituto de Saúde Socioambiental da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nacional de Rosário, este Atlas “sem dúvida, continuará sendo nutrido e atualizado com a contribuição das comunidades que se apropriem e o transformem num instrumento para reforçar as suas lutas, resistências e semeaduras. Porque este Atlas, fruto do trabalho coletivo, é já uma semente em busca de terra fértil para germinar um mundo saudável.”

Por outro lado, no segundo prólogo, Marielle Palau, membro da Base Investigações Sociais, ressalta: “Existem muitos materiais nos países da região sobre as questões aqui abordadas. No entanto, nenhum deles tem uma visão regional tão acabada, que evidencia que vivemos – sofremos – uma estratégia regional das corporações do agronegócio, que violam os direitos humanos e os direitos da natureza, ao mesmo tempo que somos – sem aviso prévio – um grande campo de experimentação”.

Acción por la Biodiversidad, 2020.