O Movimento Infância Livre de Consumo elenca os argumentos furados da indústria e do comércio
quando o assunto é criança e propaganda

Recentemente, a Associação Brasileira de Licenciamento (Abral) defendeu abertamente no jornal Folha de S. Paulo a publicidade voltada para crianças. No artigo, Marici Ferreira, presidente da instituição, elenca argumentos simplistas e frágeis para embasar seu ponto de vista. Em resposta na mesma Folha, o professor de Direito Conrado Hubner Mendes, classificou o texto como falta de sintonia entre uma ideia e sua época: “Seria menos exótico se publicado 20 anos atrás, quando, sem estudos sólidos, o tema aceitava palpites.”

Aproveitando a discussão levantada, o Movimento Infância Livre de Consumo (Milc) elencou e rebateu os principais argumentos utilizados pela indústria e pelo comércio para defender e inocentar a publicidade de seus efeitos sobre as crianças e o desenvolvimento delas. “É perverso modificar a criança a partir do comportamento do anunciante. Pelo contrário, o papel da sociedade consiste em mudar a propaganda para preservar a infância”, escreve Vanessa Anacleto, do Milc.

Um do argumentos comumente apresentados pelos representantes dos setores interessados, lembra Vanessa, é de que proibição é uma palavra assustadora e que, por isso, deve ser combatida. Mas a luta de movimentos como o Milc e a própria Aliança Pela Alimentação Saudável e Adequada não é pela proibição, mas pela regulamentação. Lutamos para que a linha do que deve ser regulado, o que é ou não abusivo, deixe de ser delimitada pelo próprio anunciante como ainda ocorre no Brasil. “O uso de personagens queridos da criançada e investimento em estratégias de especialistas em comportamento sendo utilizados para levar uma criança a acreditar que será mais querida ou feliz se obtiver determinado bem de consumo é o que assusta de verdade.”

O post completo, com todos os argumentos furados a favor da publicidade infantil, pode ser lido diretamente no blog do Milc.

 

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