Relatório europeu reforça que são necessárias políticas como taxação de produtos não saudáveis e restrição à publicidade

“É preciso haver impostos mais severos sobre comidas não saudáveis e restrições à sua publicidade, sobretudo as que forem voltadas às crianças, que são mais suscetíveis.”

A fala é de Justine Davies, coautora de um estudo publicado recentemente na Europa que aponta para uma epidemia de diabetes no mundo. De acordo com o estudo, o Brasil deverá ter quase 15% de sua população diabética em 2030, a um custo de 120 bilhões de dólares ao ano. Atualmente, estima-se em 9% taxa a de diagnósticos de diabetes no país.

A diabetes, lembra a pesquisadora, está intimamente ligada ao sobrepeso e à obesidade – que, por sua vez, estão ligados ao aumento no consumo de alimentos ultraprocessados ricos em açúcar, sódio e gorduras.

Aos que defendem que para combater esse cenário basta educar a população a respeito de hábitos saudáveis, Justine é objetiva: “As pessoas têm mais conhecimento atualmente. Mas se você coloca um pacote de batatinhas na minha frente, provavelmente vou comê-las. Existe uma tensão entre o que sabemos que nos faz mal e o que o ambiente nos oferece”. E o que o ambiente nos oferece, continua a pesquisadora, são comidas industrializadas pouco nutritivas.

De acordo com projeção do relatório, que foi elaborado em conjunto pelo King’s College (Reino Unido) e pela Universidade de Gottingen (Alemanha), o Brasil terá um dos custos mais altos do mundo com a diabetes na próxima década.  

Para saber mais sobre o estudo, leia aqui a reportagem publicada pelo portal G1.

 

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