Estudo australiano sugere que o modelo de advertência impacta as escolhas alimentares dos consumidores

 

Mais um estudo reforça a eficácia dos alertas nos rótulos dos alimentos não saudáveis – e a necessidade de sua rápida implementação na luta contra a obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, doenças do coração e câncer.

O estudo, liderado por pesquisadores da Universidade de Melborne, na Austrália, sugere que, assim como no caso do tabaco, mensagens gráficas e textuais que fazem referências às características negativas dos produtos são eficientes em desestimular o consumo da chamada junk food.

Para o estudo, os pesquisadores selecionaram 95 pessoas que deveriam escolher algumas porções de alimentos entre 50 opções apresentadas. Vários tipos de alertas foram testados e os que tiveram mais impacto foram aqueles que usavam elementos de texto e imagem para ressaltar uma característica ou um efeito negativo do produto para a saúde.

Ao observar a atividade cerebral dos participantes durante o estudo, os pesquisadores perceberam que os alertas estimularam as pessoas a exercerem mais seu autocontrole em vez de agirem impulsivamente na hora da escolha de seus alimentos.  

“A indústria usa todo tipo de estratégias para encorajar o consumo (de seus produtos). Elas mexem com o gosto, em como o produto vai fazer você se sentir bem, faz com que ele se pareça muito apetitoso. Mas quando se trata de alimentos não saudáveis, isso é perigoso”, diz Stefan Bode, um dos pesquisadores envolvidos. “A ideia dos alertas é usar o poder das estratégias, mas em outra direção. (…) O que descobrimos em laboratório é que os alertas funcionam”.

Modelos de alertas são aqueles que preveem uma advertência que sinaliza ao consumidor de forma clara e precisa na parte da frente das embalagens a presença em excesso de nutrientes críticos, como açúcares, sódio e gorduras saturadas. Recentemente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sinalizou que o Brasil deve implementar em breve um modelo semelhante.

Leia aqui mais sobre o estudo realizado na Universidade de Melborne. O conteúdo está disponível apenas em inglês.  

 

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