Escolas que promovem uma educação alimentar nota 10 e restringem produtos ultraprocessados ajudam a construir um futuro com mais saúde para as crianças

Impulsionada por organizações da sociedade civil, iniciativa aposta na força das políticas públicas para proteger a saúde de crianças e adolescentes

Uma nova campanha lançada nesta semana chama a atenção para um tema que afeta diretamente o presente e o futuro de milhões de crianças e adolescentes: a qualidade da alimentação nas escolas. Com o mote “Alimentação Nota 10 nas Escolas”, a ação convida  legisladores a aprovarem leis que promovam ambientes escolares mais saudáveis em todo o país e coloquem limites à oferta de produtos ultraprocessados. E faz um apelo à sociedade para também demandar por estas políticas públicas.

Criada pela agência Repense para o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), ACT Promoção da Saúde, Instituto Desiderata e Fian Brasil – organizações integrantes da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável -, a campanha será veiculada na televisão, nas redes sociais, rádios e em diversos espaços públicos, com foco nas cidades de São Paulo (SP), Recife (PE) e Brasília (DF), onde há propostas legislativas em andamento. O objetivo é ampliar o debate sobre o impacto dos ultraprocessados na saúde das crianças e incentivar a adoção e o fortalecimento de políticas públicas que priorizem a alimentação saudável.

Segundo dados de 2023 do levantamento Caeb (Comercialização de Alimentos em Escolas Brasileiras), o número de ultraprocessados vendidos em cantinas escolares é 50% maior que o de alimentos saudáveis. Esses produtos passam por intensos processos industriais e contêm quantidades excessivas de açúcar, sódio e gorduras saturadas — fatores ligados ao aumento de doenças como hipertensão, diabetes, obesidade, depressão e até câncer.

A campanha não apenas alerta para os riscos, mas também destaca experiências positivas já em curso. Diversas escolas públicas e privadas ao redor do país têm implementado ações para garantir uma alimentação mais saudável, com cardápios equilibrados, restrição à venda de ultraprocessados e atividades de educação alimentar. Essas experiências mostram que a transformação é possível — e que o caminho passa pela construção de políticas públicas sólidas e duradouras.

A iniciativa surge em um momento importante. O tema da alimentação escolar saudável voltou à agenda política nacional, com a publicação de um decreto federal em 2023 e a tramitação de propostas legislativas em diferentes estados e cidades.

Clique aqui para saber mais e acessar o site da campanha.

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