Entre os principais desafios do próximo presidente na área de saúde, se destaca o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Cerca de 740 mil indivíduos morrem todo ano no Brasil em consequência das DCNTs, como obesidade, diabetes, câncer, complicações cardiovasculares ou respiratórias, condições mentais e neurológicas. E é com esse foco que a ACT lança a “Agenda Brasil + Saudável: políticas para prevenir doenças crônicas”, uma agenda com propostas para contribuir com a pauta das candidatas e candidatos às eleições 2022, e que pode ser acessada no site: http://actbr.org.br/BrasilMaisSaude/

As propostas e recomendações da Agenda Brasil + Saudável estão divididas em cinco eixos, de acordo com os principais fatores de risco evitáveis para as doenças crônicas não transmissíveis: promoção da alimentação adequada e saudável, controle do tabaco, controle do álcool, promoção da atividade física e controle da poluição do ar.

Em 2019, as DCNTs responderam por 72% das mortes. Desse total, mais de 40% dos indivíduos tinham entre 30 e 60 anos. Além disso, a maior parte dos doentes crônicos se vê às voltas com dificuldades para manter o bem-estar e a autonomia e custam ao SUS cerca de R$ 3 bilhões por ano. Um investimento alto, principalmente, se levarmos em conta que esses problemas poderiam ser evitados com medidas que estimulassem a adoção de um estilo de vida mais saudável. 

“A incidência de doenças crônicas não transmissíveis não pode ser enfrentada como uma questão pessoal. Precisamos de uma série de políticas de governo que ajudem o indivíduo a fazer escolhas mais saudáveis”, destaca Paula Johns, diretora-geral da ACT.

Entre as ações recomendadas pela organização destacam-se a regulamentação da publicidade de alimentos ultraprocessados e produtos nocivos à saúde, proibição da venda de produtos que fazem mal – como ultraprocessados e bebidas adoçadas – em ambientes institucionais, como as escolas e, ainda, a tributação de produtos nocivos à saúde.