Estimativa aponta que entre 2% e 4% dos casos de câncer no País estejam relacionados ao sobrepeso

O excesso de peso está diretamente associado ao desenvolvimento de pelo menos 13 tipos de câncer. Posicionamento recente do Instituto Nacional de Câncer (INCA) alertou para este fato e para a necessidade de prevenção da obesidade como política fundamental de combate a esse mal. Estima-se que 13 em cada 100 casos de câncer no Brasil sejam atribuídos ao sobrepeso e à obesidade.

No início do mês de março, dados divulgados pela Agência Nacional para Pesquisa do Câncer (IARC, sigla em inglês), órgão ligado às Nações Unidas, trouxe o tema ao debate novamente ao divulgar um levantamento inédito que estimou as perdas econômicas causadas pela doença a países em desenvolvimento como o Brasil.

De acordo com o estudo, que foi tema de reportagem do site BBC Brasil, o câncer mata 225 mil pessoas ao ano no Brasil. Desse total, 85 mil são pessoas consideradas economicamente ativas. Levando em consideração o recuo na produtividade decorrente desses óbitos, a estimativa é de que o país sofra um prejuízo de US$ 4,6 bilhões anuais, o equivalente a R$ 15 bilhões e a 0,21% de toda a riqueza gerada.

Do total de mortes por câncer, 2% estão diretamente ligadas ao excesso de peso em homens e 4% nas mulheres. Se levarmos em conta apenas a população economicamente ativa, isso significa a perda de R$ 400 milhões ao ano.

Em entrevista à BBC Brasil, a coautora da pesquisa, Isabelle Soerjomataram, lembra que muitas causas ligadas ao desenvolvimento do câncer podem ser prevenidas, mas é preciso agir – e rápido. “O Brasil está transacionando para um perfil de país rico. Por isso, eu imagino que o problema do câncer não vai diminuir no futuro. Se nada for feito, na verdade, o problema vai aumentar. O que estamos vendo é apenas o começo em termos de perdas. Elas certamente crescerão”, disse.

A reportagem completa da BBC Brasil pode ser lida aqui.

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