Pesquisa desenvolvida na USP reforça a urgência de políticas públicas mais eficazes no combate ao excesso de peso

Por ano, surgem 15 mil novos casos de câncer em razão primordialmente do sobrepeso e da obesidade. Isso significa quase 4% do total de casos da doença no Brasil. Em 2025, a estimativa é de que esse número salte para 29 mil casos, quase 5% do total. As mulheres são as maiores vítimas. Em sete anos, mais de 6% de todos os casos de câncer entre elas estarão ligados ao excesso de peso.

A notícia correu a imprensa. O estudo, desenvolvido dentro do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), em colaboração com a Universidade Harvard (EUA), reforça a relação entre a obesidade e o câncer.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o excesso de peso está comprovadamente associado a pelo menos 13 tipos da doença, entre eles o câncer de mama, ovário, próstata, estômago e pâncreas.

“Existem fatores genéticos que aumentam o risco do desenvolvimento do câncer, mas isso não é algo modificável e também eles não excluem os outros fatores que causam a doença. O tabagismo é o principal fator de risco ou causa de câncer no Brasil, (…) mas ele está caindo de forma importante. Os dados mostram que não dá para cessar os esforços para reduzir o tabagismo, mas combater o sobrepeso e a obesidade também deve ser prioridade”, disse à Revista Fapesp o pesquisador José Eluf Neto, da USP.

É cada vez mais cristalina a necessidade e a urgência de políticas públicas que combatam o ambiente obesogênico e promovam escolhas mais saudáveis. Rotulagem nutricional adequada, restrição da publicidade infantil, regulação do ambiente escolar e tributação de bebidas adoçadas são medidas que precisam, urgentemente, entrar de fato na pauta de discussão do Brasil. Ou só veremos crescer, impassíveis, números como os desta pesquisa brasileira.

Leia aqui a reportagem completa da Revista Fapesp.

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