Em entrevista, ministra da Saúde destaca que a medida baseada na experiência bem-sucedida do Chile

“Acreditamos que a rotulagem frontal é um passo na direção de ajudar os canadenses a fazerem escolhas mais fáceis e ficarem mais bem informados sobre os produtos mais saudáveis”. Assim resumiu a ministra da Saúde do Canadá, Ginette Petipas, sobre a decisão do país de adotar o modelo de advertência nas embalagens dos alimentos ultraprocessados considerados não saudáveis.

No canal CBC News, Petipas destacou o fato de que 2 em cada 5 canadenses sofrem de doenças crônicas não transmissíveis e que o governo gasta cerca de 26 bilhões de dólares no tratamento dessas enfermidades. Como parte de um plano de ação para atacar esse problema de frente, o Canadá adotou uma série de medidas – e uma dela diz respeito à rotulagem frontal.

Nesse momento, está em curso no país uma consulta pública para verificar qual representação gráfica – dentre quatro opções oferecidas pelo Ministério Saúde – é mais bem aceita pela população canadense. Todas as opções estão baseadas no modelo de advertência e diferem apenas no símbolo que acompanha as inscrições “Alto em”.  A ideia é que, em quatro anos, todos os produtos com excesso de açúcar, sal e gordura saturada incluam o sinal de alerta na parte da frente da embalagem.

Medidas para promover a alimentação saudável

Ainda como parte do plano de ação, o Canadá também investiu nos últimos dois anos em atualizar as recomendações nutricionais e alimentares para a população e restringir o marketing de alimentos não saudáveis direcionado à criança. Na entrevista, Petipas lembrou, ainda, que o modelo canadense está baseado na experiência bem sucedida do Chile, onde o sistema de advertência entrou em vigor em 2016 e agora se espalha pelo mundo.

Além do Canadá, Israel , Uruguai e outros países também avançam na implantação de um modelo semelhante.

A entrevista completa com a ministra da Saúde do Canadá, Ginette Petipas, pode ser vista aqui (apenas em inglês).

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