15/10/2025 - Blog Notícias

Da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável
Neste Dia Mundial da Alimentação (16/10), é importante explicar como a produção dos nossos alimentos está totalmente conectada ao clima. E como as mudanças climáticas vêm afetando o que chega à nossa mesa.
Temperaturas, chuvas e condições do solo determinam o plantio e a colheita. Quando estes fatores apresentam alterações ao que era previsível, influenciam os preços dos alimentos e toda a cadeia sofre impacto, de quem planta até quem compra. Por isso, entender essa conexão é essencial para compreender como a crise climática afeta o nosso dia a dia.
Nos últimos anos, a imprevisibilidade de fatores climáticos, a intensificação e ocorrência crescente de eventos extremos, como secas prolongadas, enchentes e ondas de calor, vêm afetando a produção de alimentos em todo o mundo, com perdas de lavouras e/ou de produtividade, e também a caça, a pesca e o extrativismo.
Tudo isso altera a qualidade e os preços dos alimentos que chegam às feiras e mercados.
Alguns exemplos já nos fizeram sentir esses impactos das mudanças climáticas emergência climática no nosso bolso, como o café, o cacau para o chocolate, as azeitonas que viram azeite e até mesmo milho, trigo e soja, inflacionando o preço dos alimentos e afetando todas as pessoas.
Eventos extremos podem colocar em risco toda a alimentação básica, dificultando o acesso a legumes, verduras e frutas e até mesmo a estoques de alimentos perdidos com enchentes.
As mudanças impactam não apenas o campo, mas também as economias locais que dependem da agricultura. Pequenos produtores rurais são mais afetados, ao verem sua produção cair, sua renda diminuir e até mesmo sua segurança alimentar e nutricional ser ameaçada. Quando uma safra é perdida, não é só o produto que falta: é o sustento de famílias, empregos e tradições que ficam em risco.
A boa notícia é que ainda há caminhos possíveis. Apoiar com orçamento e assistência técnica a ampliação da agricultura de base agroecológica, investir em tecnologias de adaptação e reduzir o desperdício de alimentos são passos essenciais para enfrentar esse cenário.
Ao cuidar do clima, também tornamos mais resilientes as comunidades rurais e urbanas periféricas, cuidamos da nossa sobrevivência, alimentação e da economia que gira em torno dela, garantindo que o futuro tenha não só comida suficiente, mas que também seja acessível para todos.
