Reportagem mostra como corporações se fixaram no Norte do país ao custo de parcerias causadoras
de danos ambientais e dominação cultural

As bebidas açucaradas são apontadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das principais causas de obesidade e diabetes no mundo, sem falar das cáries dentárias. No Brasil, elas protagonizam um antigo e distorcido esquema de benefícios fiscais, na Zona Franca de Manaus, que incomoda a Receita Federal. Uma reportagem recente do blog O joio o trigo mostra, agora, que essa indústria vem causando danos ambientais à maior biodiversidade do mundo.

Segundo a matéria, além dos danos ambientais causados para incentivar uma monocultura que garanta açúcar suficiente para a produção de xarope-base dos refrigerantes, empresas ligadas à Coca-Cola fazem uso de agrotóxicos e descartam inadequadamente vinhoto, um resíduo que polui as águas.

“Topo, aqui, com trabalhadores intoxicados por venenos da Jayoro [fabricante de xarope de Coca-Cola]. Tem gente em cadeira de rodas, muitos vão tossindo pelas ruas por ‘causa desconhecida”, diz o pesquisador, filósofo e morador da região, Egydio Schwade.

A Jayoro é a segunda maior engarrafadora de Coca-Cola do Brasil. Além disso, é da Jayoro, também, que sai a totalidade do extrato de guaraná usado no refrigerante Kuat, outro produto da corporação. Em um enredo bastante conhecido no jogo de poder dos grandes conglomerados, a empresa é controlada pelo Grupo Solar, de propriedade do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

A empresa já foi investigada pelo Ministério Público Federal (MPF), que resultou a muito custo na suspensão da licença ambiental da empresa em 2008. Estranhamente, no ano seguinte, 2009, a empresa estava em plena atividade, sem a renovação anual de licença ambiental.

Confira a reportagem completa no site O joio e o trigo.

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