A expansão do agronegócio pelo bioma contribuiu para a emergência do Brasil entre os líderes globais em produção de commodities agrícolas. Como resultado, aproximadamente metade do Cerrado já foi desmatado. A conversão de suas áreas para o uso agropecuário e agrícola levou à degradação de tipos de vegetação, como os campos naturais e o Cerrado sentido restrito, e à invasão biológica, ameaçando o bom funcionamento das funções ecossistêmicas do bioma.
Com o olhar voltado aos movimentos sociais e às organizações representativas e de assessoria a geraizeiros, pescadores artesanais, quilombolas, fecheiros, extrativistas e agricultores familiares dessas duas bacias, o Projeto Cerrativismo previu e fomentou a articulação entre estas organizações por meio da criação de um conselho como espaço de diálogo e deliberação sobre o projeto e sobre as pautas de incidência política.
Visa estimular a conservação e a restauração dos recursos naturais e de atender a demanda por técnicas baratas de cultivo de árvores, e apropriadas aos agricultores, sendo fundamental estimular a autonomia destes no desenvolvimento e na implantação dessas práticas, alicerçadas no reconhecimento de seus saberes tradicionais, de ações de observação e inovação adaptadas às condições locais.