‘Candidato, o que tem no seu prato?’ A centralidade do alimento como ato político motivou a coalizão entre diversas iniciativas para que o modelo de produção e consumo de alimentos seja tratado como merece nas plataformas dos candidatos à eleição de 2018.

Frentes da sociedade civil e governo realizam nesta quinta-feira (27/09), em Florianópolis, um ato unificado  e apresentação de cartas-compromisso para os candidatos à eleição de 2018 relacionada à temática da alimentação.

A iniciativa é do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Catarina (Consea-SC), Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, Slow Food Brasil e Fórum Catarinense de Combate ao Impacto dos Agrotóxicos e Transgênicos e conta com o apoio do Instituto de Defesa do Consumidor – IDEC, Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo e Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE).

Quatro documentos foram elaborados para cobrar dos candidatos um comprometimento com as temáticas, que segundo as entidades deveriam estar na centralidade das plataformas eleitorais, mas não estão. Apenas três planos de governo à presidência da república mencionam os temas e segundo os realizadores os mesmos “são abordados de modo pouco qualificado, não acompanhando o aprofundamento do debate gerado no Brasil nas últimas décadas pelos movimentos sociais e conselhos, à exemplo do Consea, Aliança e frentes contra os impactos dos agrotóxicos”, comenta Gabriella Pieroni, do Movimento Slow Food Brasil.

 

“O Brasil é considerado um exemplo em várias ações e políticas públicas na área da alimentação e da nutrição mas ainda temos muito o que avançar, principalmente no campo de legislativo e regulatório. Precisamos urgentemente assumir leis e resoluções que já são realidade em outros países como a taxação de bebidas açucaradas e a proibição de venda destas bebidas em escolas além da melhoria das informações nos rótulos dos alimentos ultraprocessados” frisa Ana Ana Carolina Feldenheimer, membro do Comitê Gestor da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável.

Em escala nacional, a Aliança  elencou dez pontos que vão da amamentação e alimentação escolar à medidas fiscais e regulação da publicidade, para que haja um monitoramento do estado e sociedade das ações nocivas a saúde. A Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida que também cobra dos governos uma reação ao incentivo dado ao veneno pelo estado alertando sobre seus males.

No contexto específico do estado de Santa Catarina, o Consea-SC defende prioridade à agenda em defesa da soberania e segurança alimentar dos povos através da garantia de condições para implementação do Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, elaborado de forma participativa. Já o FCCIAT, que é composto por 93 entidades catarinenses propõe ações de redução ao uso dos agrotóxicos e estímulo à agroecologia, nos níveis municipais, estadual e federal.

O evento ocorrerá no Sindisaúde, centro da capital, nesta quinta-feira às 14 horas. Além da mesa de abertura com representantes das entidades presentes, a programação contará com um espaço para os candidatos que se comprometem com a Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional e o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável apresentarem e debaterem suas propostas. Segmentos que vão da agricultura familiar e agroecologia, à nutrição, saúde e gastronomia estão sendo convidados para dar amplitude ao debate.

SERVIÇO:

O QUÊ? Candidato o que tem no seu prato? Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional e Alimentação Adequada e Saudável nas eleições de 2018

QUANDO? Quinta-feira, dia 27 de setembro às 14 horas.

ONDE? SindSaúde. Rua Frei Evaristo, 77. Centro de Florianópolis.

CONTATO: (48) 991210119 (48) 996389981

INFO:

https://alimentacaosaudavel.org.br

http://www.sst.sc.gov.br/index.php/conselhos/consea

http://fcciat.blogspot.com

http://contraosagrotoxicos.org

 

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